O ENEM já passou, os outros vestibulares também, as férias chegaram e o Natal já é no próximo final de semana. 2016 foi um ano difícil para a maioria da população, vítima de estados e municípios com a economia quase falida. O resultado é que ninguém está com muito dinheiro para gastar nas Festas de fim de ano; por essa razão, separei 04 títulos de livros bons e baratos. Alguns já foram sugeridos aqui na nossa coluna Indicação de Leitura.
1. A dama das camélias
DUMAS, A. A dama das camélias. São Paulo: Moderna, 2012, 152 p.
Alexandre Dumas Filho é autor de um dos mais importantes romances da história da literatura. A dama das camélias conta a história de Marguerite Gautier, uma jovem cortesã parisiense, e seu amante Armand Duval. Por meio dessa obra, o escritor atacou os preconceitos sociais e defendeu igualmente os direitos da mulher e da criança. O romance foi escrito em 1848 e transformado em uma peça teatral pouco tempo depois por seu autor. Seu enredo influenciou outras obras como, por exemplo, Lucíola, do brasileiro José de Alencar.
2. Tartufo ou o Impostor
MOLIÈRE. Tartufo ou o impostor. São Paulo: Martins Claret, 2003. 178 p.
Em 1664, Molière lançou Tartufo, uma obra cômica de crítica à Igreja Católica. Após a primeira apresentação, o dramaturgo foi acusado de libertinagem por um sacerdote de nome Roullè, uma vez que ousara mostrar a Igreja de forma depreciativa. A confraria do Santo Sacramento, por sua vez, considerou que a peça atentava contra a moral e os bons costumes, além de ofender as classes religiosas.
3. História da Educação e da Pedagogia – Geral e do Brasil
ARANHA, Maria Lúcia A. História da Educação e da Pedagogia – Geral e do Brasil. 3.ed. São Paulo: Moderna, 2006. 384p.
Maria Lúcia Aranha informa no primeiro capítulo que a obra é um livro didático, o que se confirma pelas propostas de atividades ao final de cada um dos doze capítulos. Em cada um deles, a autora aborda a questão educacional de acordo com um contexto histórico: da educação tradicionalista presente na Antiguidade oriental à educação do século XXI, mediada pelas tecnologias da educação. Um dos capítulos mais interessantes é Comunidades tribais: a educação difusa, em que se questiona o termo “primitivo”. Maria Lúcia mostra que, em tais sociedades, a escola era o convívio entre adultos e crianças.
4. Nada na língua é por acaso: por uma pedagogia da variação linguística
BAGNO, M. Nada na língua é por acaso: por uma pedagogia da variação linguística. São Paulo: Parábola, 2007, 238 p.
No primeiro capítulo do livro, o professor Marcos Bagno apresenta um estranhamento e uma preocupação no que diz respeito aos livros didáticos: o tratamento da variação linguística não é realizado adequadamente. Esse é um dos primeiros livros que li sobre o assunto e fiquei bastante surpresa ao constatar que o autor chegou a essa conclusão após usar os livros didáticos como seu objeto de pesquisa. Um dos objetivos do livro é oferecer subsídios teóricos aos docentes de Língua Portuguesa.