O último artigo publicado em Conversa de Português foi Acordo Ortográfico: o último artigo e, como sugere o título, foi o encerramento da série de textos sobre o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Hoje, após tantos dias de afastamento provocado pelo excesso de trabalho, volto a escrever no blog e lanço uma nova coluna: Sala de aula. Nela serão apresentados alguns resumos de minhas aulas para alunos do Ensino Médio e, eventualmente, disponibilizados alguns de meus arquivos, e apresentadas sugestões de filmes e outros textos que possam enriquecer as aulas sobre os temas abordados. O tema de hoje é Vanguardas Europeias trabalhado, como revisão, em uma turma do 3ºano do Ensino Médio de uma instituição federal e o texto aqui utilizado era parte do material oferecido aos alunos.
A palavra vanguarda é de origem francesa e foi inicialmente utilizada para designar o destacamento que atua à frente de uma tropa, aquele que se adianta aos soldados para fazer o reconhecimento do terreno e informar os oficiais sobre as condições de avanço. Artisticamente, o termo passou a designar os movimentos artísticos que propõem atitudes inovadoras. Em Literatura, Vanguardas Europeias designam o conjunto de movimentos artísticos surgidos na Europa nas duas primeiras décadas do século XX.
Do início do século até a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), a Europa viveu a “Belle Époque”, um período de euforia pelo progresso, pela velocidade, pelas vantagens da industrialização – cinema, automóveis, máquinas voadoras. Nas ciências, também houve um grande progresso. Em 1900, Sigmund Freud publicou A interpretação dos sonhos, obra que inaugurou a Psicanálise; Henry Bergson, filósofo francês, destacava em seus estudos o poder da intuição e Friederich Nietzche causava escândalo escrevendo sobre a “morte” de Deus soberano e absoluto. As bibliotecas, museus, academias – templos da tradição cultural – passaram a ser alvo constante dos artistas de vanguarda. Entre as estéticas de vanguarda que provocaram uma grande revolução nas artes literárias estão o Futurismo, o Cubismo, o Dadaísmo e o Surrealismo.
Conversa com os alunos:
1. Apresentação de slides com obras representativas de cada um desses movimentos.
2. Leitura integral e debate sobre o Manifesto do Futurismo, de Felippo Tommaso Marinetti.
“Nós declaramos que o mundo se enriqueceu com uma beleza nova: a beleza da velocidade. Um automóvel de corrida (…) é mais belo que a Vitória de Samotrácia” (Felippo Tommaso Marinetti. Manifesto do Futurismo, 1909)
3. Leitura de textos com as principais características dos movimentos estudados.
4. Produção textual a partir do Manifesto do Futurismo e da reportagem “Grupo joga tinta vermelha em famosa fonte de Roma”, publicado pelo jornal Folha de São Paulo em 19 de outubro de 2007. Pode-se discutir com os alunos a atitude dos jovens italianos que se autoproclamaram futuristas
Para visualizar o texto integral da aula, imprimir ou fazer download do arquivo, baixe o arquivo Vanguardas Europeias, que contém links para os sites Pitoresco e Youtube, pois parte da tarefa pedida aos alunos era consultar textos on line (Vanguardas europeias:o academicismo posto em xeque e Vanguardas europeias).
[…] Sala de aula – Vanguardas […]
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Olá Andréa.
gostei muito dessa aula, pena que não sou professora de português,rs.
Bjs
MClara