No artigo anterior, eu comecei a esclarecer algumas dúvidas do Vinícius Trovão que , em um comentário deixado aqui no blog, dizia ter problemas com acentuação gráfica. Ele não fez uma pergunta específica sobre as alterações provocadas pelo acordo ortográfico, mas é impossível falar deste assunto sem fazer referência às novas regras.
Além das alterações comentadas no outro artigo (desaparecimento do acento agudo nos ditongos eu, oi, em palavras paroxítonas; omissão doto circunflexo nos encontros vocálicos oo, ee – vôo, lêem), outra importante alteração passará a ser usada em 2009: os acentos diferenciais, que não desapareceram na última reforma, deixarão de ser usados. Observe os exemplos:
1. Ele pára o carro no estacionamento.
Ele para o carro no estacionamento.
2.Ele é um exímio jogador de pólo.
Ele é um exímio jogador de polo.
3. Comprei uma pêras.
Comprei peras.
Atenção: Permanecem os acentos diferenciais nos seguintes casos:
Pôde/pode. Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito do indicativo), na terceira pessoa do singular. Pode é a forma do presente do indicativo, na terceira pessoa do singular. Exemplos: Pedro não pôde ir à festa. Marcos pode lhe ajudar.
Pôr/Por. Pôr é verbo e por é preposição. Exemplos: Ele deve pôr o livro na mochila. Não vá por este caminho, pois é perigoso.
Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.). Exemplos: Ele mantém a opinião. Eles mantêm a opinião.
No próximo artigo, um pouco de história da língua