Ortografia (Questões diversas)

1 e 2. Em “Por que há poucas escolas no país?” e “Não sei por que há poucas escolas no país.”, temos a preposição por seguida do advérbio interrogativo que, usados nas interrogativas diretas e indiretas; equivale a “por qual motivo” e “por qual razão”.

3. Em “A chance por que esperava é esta.”, temos a preposição por seguida do pronome relativo que . A expressão substitui “pelo qual” e suas flexões.

4. Usa-se apenas em final de frases.

5. Em “Mostrou-se ansioso para que déssemos a resposta”, temos a preposição por seguida da conjunção subordinativa integrante que.

Porque usado como conjunção coordenativa explicativa (corresponde a pois).

Porque usado como conjunção subordinativa causal (corresponde a  já que). Nesse caso, a  oração  iniciada pela  conjunção é causa do  fato  exposto na oração anterior.

Emprega-se porquê como  substantivo, quando  precedido de  artigo ou  pronome e equivale a  motivo, causa, razão.

1 e  2. Por que  –  Usado na  interrogativa direta (início da frase) ou  nas  interrogativas indiretas (no meio da frase).

3. Por quê – É usado antes de um ponto-e-vírgula ou  dois  pontos, ou  no  fim  da frase, antes de um ponto.

1. Mal – aquilo  que prejudica, que  causa malefícios.
2. Mal – enfermidade, doença.
3. Mau – ruim, sem  bondade, perverso.
4. Mau –   incompetente,  que não exerce bem suas  funções.
5. Mal –  indica tempo,  tem o sentido aproximado de assim que.

1. Por que você não trabalha?  – Temos a preposição por seguida do advérbio interrogativo que, usados nas interrogativas diretas e indiretas; equivale a “por qual motivo” e “por qual razão”.
2. Ele não estuda porque não tem  condições.  –  Porque usado como conjunção coordenativa explicativa (corresponde a pois).
3. Não trabalhas,  por quê? –  Usa-se no  final das interrogativas diretas.
4.   Não entendo o porquê de  semelhantes atitudes. – Usa-se  em lugar de motivo  e  é  um substantivo.

Confira o  texto “O que  houve com o  hífen  e os prefixos?”

Uísque /Egoísmo – Acentua-se  “i” e “u” tônicos quando forem tônicos, vierem  antecedidos de  outra vogal, formarem  sílabas sozinhos ou  acompanhados de “s”, não forem seguidos de “nh” e, em  um palavra oxítona, vierem  antecedidos de ditongo.

Ônus / Quéops – São  acentuadas as paroxítonas terminadas em ão(s), om, on(s),  I e U (s), um (uns),  ps,  L, n , r, x,  ditongo.

Céu / escarcéu – Acentua-se a primeira  vogal dos ditongos  abertos ÓI – ÉU e ÉI nas palavras oxítonas.

Próton e íon são  palavras paroxítonas terminadas em ON(S). Recebem  acento  no singular e no  plural.

Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.). Exemplos:  Ele  mantém a  opinião. Eles  mantêm a opinião.

MINI / INFRA – Usa-se hífen quando o segundo elemento começa por h ou por vogal igual à última do prefixo.  Nos demais casos,  o sinal  não  é  utilizado. Ex.:  Minissaia.

HIPER –  Usa-se hífen nas palavras começadas com h ou r: super-homem, hiper-requintado, inter-racial.

SUB – De acordo  com  a nova ortografia,  o prefixo sub- é grafado  com hífen quando o segundo elemento começar com b, h ou r.  Nos outros  casos, o  sinal  foi  eliminado.  Ex.: subdelegado.

O  documento do Acordo Ortográfico foi redigido em 1990, mas, no Brasil,  só foi decretado em  2008, ano  em que se esgotava o  prazo de implantação determinado pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa – CPLP.  Em Portugal, houve uma forte manifestação contrária à adesão  da nova ortografia naquele país.  Para resolver esta questão, não se exigiu conhecimento  linguístico do candidato, mas  sim o  seu  conhecimento sobre o tema e a polêmica em torno do  documento. Também vale ressaltar que a questão  é ela mesma a representação da diversidade que originou  a necessidade de unificar a ortografia portuguesa. Note-se que o  texto contém as grafias “económico” e “econômico”, conforme o uso em Portugal e no Brasil, respectivamente. Um dos argumentos  favoráveis à  mudança ortográfica era o  fato de o português  não ser considerado uma língua internacional por ter duas ortografias oficiais; a  unificação reverteria este quadro.

Devem  ser graficamente acentuadas as  palavras  oxítonas (a última  sílaba é a tônica) com os  ditongos  abertos grafados   -éi, -éu ou  ói,  seguidos  ou   não de  -S.