Autor convidadoMeu nome é Graziele Soares, tenho 22 anos e cursei Letras – Português/ Literaturas de 2014 a 2018 e de 2016 a 2018 participei de um programa de Iniciação Científica pela Universidade em que estudei.
Eu desde pequena quis ser cientista, mas quando passei no vestibular não sabia que eram realizadas pesquisas na Letras. Não vemos nos noticiários sociolinguistas, psicolinguistas ou teóricos de literatura apresentando dados de suas pesquisas – de uma vida, em alguns casos. Ao longo do curso, fui conhecendo pesquisadores e pesquisadoras e enxergando a grande área de pesquisa que compreende os estudos acerca da linguagem.
No terceiro período da graduação, fiz uma disciplina (Linguística III) que apresentava a teoria gerativa (proposta por Noam Chosmky) e a sintaxe, e descobri o que seria o objeto de estudo da pesquisa que realizaria até o final da graduação: a ambiguidade.
Conciliar a vida acadêmica com a Iniciação Científica nem sempre foi tarefa fácil, ainda mais quando se aproximava a temida Jornada de Iniciação Científica. Minha pesquisa foi concentrada na área da Linguística e na subárea da Psicolinguística Experimental e com isso montávamos experimentos que analisavam o processamento de frases e sentenças. Os voluntários para os experimentos foram os alunos do próprio curso. Muitos chegavam ao LAPEX – UFRJ (Laboratório de Psicolinguística Experimental) e ficavam surpresos com as pesquisas que realizamos lá dentro e que permanecem, muitas vezes, desconhecidas.
Hoje, depois de alguns trabalhos apresentados, artigos publicados e um caminho percorrido na vida de pesquisadora acadêmica, posso dizer que vale muito a pena pesquisar enquanto estudamos. Claro que não deixo de citar que diversos desafios e percalços são enfrentados na pesquisa brasileira, mas a busca por conhecimento sempre vale a pena.
