A Base V do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa aborda o emprego do e,i o e u em sílaba átona. O que são, afinal, uma sílaba tônica e uma sílaba átona? Quando analisamos as sílabas de uma palavra, consideramos alguns aspectos: a intensidade da pronúncia (a força expiratória exigida durante a fala); o timbre (aberto ou fechado); a quantidade ( a duração de cada conjunto sonoro) e o tom (grave ou agudo). Para definirmos se a sílaba é tônica ou átona observamos, pois, a intensidade do som como forte (tônico) ou fraco (átono). Isto significa que toda palavra tem um acento; quando falamos, pois, em acentuação gráfica, estamos dizendo que marcaremos por meio da escrita a sílaba mais intensa de uma palavra. Na Base V do Acordo, a preocupação reside na escrita das vogais átonas, ou seja, aquelas cuja pronúncia se dá de modo mais fraco.
Deste modo, diz o texto do Acordo que
1. escrevem-se com e, antes de vogal ou ditongo de sílaba tônica, os derivados de palavras que terminam em e acentuado: galeão, galeota (originados de galé), coreano (Coreia); guineense, derivado de Guiné.
2. escrevem-se com i, antes da sílaba tônica, os adjetivos e substantivos derivados aos quais se acrescentaram os sufixos –iano e –iense, ainda que a palavra primitiva tenha um e: acriano (Acre).
3. Uniformizam-se com as terminações -io e -ia os substantivos que as apresentam com variações: hástia, de haste; réstia, do antigo reste; véstia, de veste.
Obs: Todas essas alterações foram feitas com base na etimologia.
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