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Pergunta 1 de 17
1. Pergunta
10 pontos(ENEM 2010)
As diferentes esferas sociais de uso da língua obrigam o falante a adaptá-la às variadas situações de comunicação. Uma das marcas linguísticas que configuram a linguagem oral informal usada entre o avô e o neto neste texto é
Correto
A informalidade aparece pelo uso da redução “tá” em lugar de “está”.
Incorreto
A informalidade aparece pelo uso da redução “tá” em lugar de “está”.
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Pergunta 2 de 17
2. Pergunta
10 pontos(ENEM 2010)
S.O.S PORTUGUÊS
Por que pronunciamos muitas palavras de um jeito diferente da escrita? Pode-se refletir sobre esse aspecto da língua com base em duas perspectivas. Na primeira delas, fala e escrita são dicotômicas, o que restringe o ensino da língua ao código. Daí vem o entendimento de que a escrita é mais complexa do que a fala, e seu ensino restringe-se ao conhecimento das regras gramaticais, sem a preocupação com situações de uso. Outra abordagem permite encarar as diferenças como um produto distinto de duas modalidades da língua: a oral e a escrita. A questão é que nem sempre nos damos conta disso.
S.O.S Português. Nova Escola. São Paulo: Abril, Ano XXV, nº 231, abr. 2010 (fragmento adaptado)
O assunto tratado no fragmento é relativo à língua portuguesa e foi publicado em uma revista destinada a professores. Entre as características próprias desse tipo de texto, identificam-se as marcas linguísticas próprias do uso
Correto
O tema da questão são as variações de linguagem e os diversos registros da língua, conforme previsto na matriz de referência do ENEM. Essa é, ainda, uma abordagem de ensino prevista pelos Parâmetros Curriculares da Educação Nacional – os PCN – que destacam a necessidade de o professor de Língua Portuguesa discutir com seus alunos noções como variação linguística. É preciso considerar que há diferenças entre o modo de falar lusitano e o brasileiro e que tais diferenças podem refletir na escrita. Além disso, há diferenças de registro que ocorrem de acordo com a situação em que se encontra o falante.
Incorreto
O tema da questão são as variações de linguagem e os diversos registros da língua, conforme previsto na matriz de referência do ENEM. Essa é, ainda, uma abordagem de ensino prevista pelos Parâmetros Curriculares da Educação Nacional – os PCN – que destacam a necessidade de o professor de Língua Portuguesa discutir com seus alunos noções como variação linguística. É preciso considerar que há diferenças entre o modo de falar lusitano e o brasileiro e que tais diferenças podem refletir na escrita. Além disso, há diferenças de registro que ocorrem de acordo com a situação em que se encontra o falante.
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Pergunta 3 de 17
3. Pergunta
10 pontos(ENEM 2010)
Venho solicitar a clarividente atenção de Vossa Excelência para que seja conjurada uma calamidade que está prestes a desabar em cima da juventude feminina do Brasil. Refiro-me, Senhor Presidente, ao movimento entusiasta que está empolgando centenas de moças, atraindo-as para se transformarem em jogadoras de futebol, sem se levar em conta que a mulher não poderá praticar esse esporte violento, sem afetar, seriamente, o equilíbrio fisiológico das suas funções orgânicas devido à natureza que dispôs a ser mãe. Ao que dizem os jornais, no Rio de Janeiro, já estão formados nada menos que dez quadros femininos. Em São Paulo e Belo Horizonte, também estão se constituindo outros. E, neste crescendo, dentro de um ano, é provável que em todo o Brasil estejam organizados uns 200 clubes femininos de futebol; ou seja: 200 núcleos destroçados da saúde de 2,2 mil futuras mães, que, além do mais, ficarão presas a uma mentalidade depressiva e propensa aos exibicionismos rudes e extravagantes.
Coluna Pênalti. Carta Capital. 28 abr. 2010.
O trecho é parte de uma carta de um cidadão brasileiro, José Fuzeira, encaminhada, em abril de 1940, ao então presidente da República Getúlio Vargas. As opções linguísticas de Fuzeira mostram que seu texto foi escrito em linguagem
Correto
Nesta questão, conceito do senso comum sobre “linguagem culta”: aquela que corresponde à língua escrita conforme prescrito e descrito por alguns gramáticos.
Incorreto
Nesta questão, conceito do senso comum sobre “linguagem culta”: aquela que corresponde à língua escrita conforme prescrito e descrito por alguns gramáticos.
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Pergunta 4 de 17
4. Pergunta
10 pontos(ENEM 2008)
Assinale o trecho do diálogo que apresenta um registro informal, ou coloquial, da linguagem.
Correto
A informalidade do texto é representada pelo uso de duas expressões coloquiais: “Tá” em lugar de “está” e a partícula expletiva “é que”.
Incorreto
A informalidade do texto é representada pelo uso de duas expressões coloquiais: “Tá” em lugar de “está” e a partícula expletiva “é que”.
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Pergunta 5 de 17
5. Pergunta
10 pontos(ENEM 2006) No romance Vidas Secas, de Graciliano Ramos, o vaqueiro Fabiano encontra-se com o patrão para receber o salário. Eis parte da cena:
Não se conformou: devia haver engano. (…)Com certeza havia um erro no papel do branco. Não se descobriu o erro, e Fabiano perdeu os estribos. Passar a vida inteira assim no toco, entregando o que era dele de mão beijada! Estava direito aquilo? Trabalhar como negro e nunca arranjar carta de alforria?
O patrão zangou-se, repeliu a insolência, achou bom que o vaqueiro fosse procurar serviço noutra fazenda.
Aí Fabiano baixou a pancada e amunhecou. Bem, bem. Não era preciso barulho não.
(Graciliano Ramos. Vidas Secas. 91. ed. Rio de Janeiro: Record, 2003.)
No fragmento transcrito, o padrão formal da linguagem convive com marcas de regionalismo e de coloquialismo no vocabulário. Pertence à variedade do padrão formal da linguagem o seguinte trecho:
Correto
Ao compararmos o trecho “Não se conformou: devia haver engano” aos demais escolhidos pela banca, observamos a ausência de expressões informais que aparecem nas outras alternativas, como “toco”, “mão beijada”, “amunhecou”.
Incorreto
Ao compararmos o trecho “Não se conformou: devia haver engano” aos demais escolhidos pela banca, observamos a ausência de expressões informais que aparecem nas outras alternativas, como “toco”, “mão beijada”, “amunhecou”.
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Pergunta 6 de 17
6. Pergunta
10 pontos(ENEM 1998)
Para falar e escrever bem, é preciso, além de conhecer o padrão formal da Língua Portuguesa, saber adequar o uso da linguagem ao contexto discursivo. Para exemplificar este fato, seu professor de Língua Portuguesa convida-o a ler o texto Aí, Galera, de Luís Fernando Veríssimo. No texto, o autor brinca com situações de discurso oral que fogem à expectativa do ouvinte.
Aí, galera
Jogadores de futebol podem ser vítimas de estereotipação. Por exemplo, você pode imaginar
um jogador de futebol dizendo “estereotipação” ? E, no entanto, por que não?
– Aí, campeão. Uma palavrinha pra galera.
-Minha saudação aos aficionados do clube e aos demais esportistas, aqui presentes ou no
recesso dos seus lares.
– Como é?
– Aí, galera.
– Quais são as instruções do técnico?
– Nosso treinador vaticinou que, com um trabalho de contenção coordenada, com energia
otimizada, na zona de preparação, aumentam as probabilidades de, recuperado o esférico,
concatenarmos um contragolpe agudo com parcimônia de meios e extrema objetividade, valendo-nos da desestruturação momentânea do sistema oposto, surpreendido pela reversão inesperada do fluxo da ação.– Ahn?
– É pra dividir no meio e ir pra cima pra pegá eles sem calça.
– Certo. Você quer dizer mais alguma coisa?
– Posso dirigir uma mensagem de caráter
sentimental, algo banal, talvez mesmo previsível e piegas, a uma pessoa à qual sou ligado por razões, inclusive, genéticas?
– Pode.
– Uma saudação para a minha progenitora.
– Como é?
– Alô, mamãe!
– Estou vendo que você é um, um…
– Um jogador que confunde o entrevistador, pois não corresponde à expectativa de que o atleta seja um ser algo primitivo com dificuldade de expressão e assim sabota a estereotipação?
– Estereoquê?
– Um chato?
– Isso.(Correio Braziliense, 13/05/1998.)
O texto retrata duas situações relacionadas que fogem à expectativa do público. São elas:
Correto
Incorreto
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Pergunta 7 de 17
7. Pergunta
10 pontos(ENEM 1998)
Para falar e escrever bem, é preciso, além de conhecer o padrão formal da Língua Portuguesa, saber adequar o uso da linguagem ao contexto discursivo. Para exemplificar este fato, seu professor de Língua Portuguesa convida-o a ler o texto Aí, Galera, de Luís Fernando Veríssimo. No texto, o autor brinca com situações de discurso oral que fogem à expectativa do ouvinte.
Aí, galera
Jogadores de futebol podem ser vítimas de estereotipação. Por exemplo, você pode imaginar um jogador de futebol dizendo “estereotipação” ? E, no entanto, por que não?
– Aí, campeão. Uma palavrinha pra galera.
-Minha saudação aos aficionados do clube e aos demais esportistas, aqui presentes ou no recesso dos seus lares.
– Como é?
– Aí, galera.
– Quais são as instruções do técnico?
– Nosso treinador vaticinou que, com um trabalho de contenção coordenada, com energia otimizada, na zona de preparação, aumentam as probabilidades de, recuperado o esférico, concatenarmos um contragolpe agudo com parcimônia de meios e extrema objetividade, valendo-nos da desestruturação momentânea do sistema oposto, surpreendido pela reversão inesperada do fluxo da ação.– Ahn?
– É pra dividir no meio e ir pra cima pra pegá eles sem calça.
– Certo. Você quer dizer mais alguma coisa?
– Posso dirigir uma mensagem de caráter
sentimental, algo banal, talvez mesmo previsível e piegas, a uma pessoa à qual sou ligado por razões, inclusive, genéticas?
– Pode.
– Uma saudação para a minha progenitora.
– Como é?
– Alô, mamãe!
– Estou vendo que você é um, um…
– Um jogador que confunde o entrevistador, pois não corresponde à expectativa de que o atleta seja um ser algo primitivo com dificuldade de expressão e assim sabota a estereotipação?
– Estereoquê?
– Um chato?
– Isso.(Correio Braziliense, 13/05/1998.)
A expressão “pegá eles sem calça” poderia ser substituída, sem comprometimento de sentido, em língua culta, formal, por:
Correto
Em “Pegá eles sem calça”, podemos observar que o autor buscou, por meio da escrita, realçar características da oralidade como a supressão da marca de infinitivo (-r) e o uso do pronome pessoal do caso reto ELE como objeto direto.
Incorreto
Em “Pegá eles sem calça”, podemos observar que o autor buscou, por meio da escrita, realçar características da oralidade como a supressão da marca de infinitivo (-r) e o uso do pronome pessoal do caso reto ELE como objeto direto.
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Pergunta 8 de 17
8. Pergunta
10 pontosAula de português
A linguagem
na ponta da língua
tão fácil de falar
e de entender.
A linguagem
na superfície estrelada de letras,
sabe lá o que quer dizer?
Professor Carlos Góis, ele é quem sabe,
e vai desmatando
o amazonas de minha ignorância.
Figuras de gramática, esquipáticas,
atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me.Já esqueci a língua em que comia,
em que pedia para ir lá fora,
em que levava e dava pontapé,
a língua, breve língua entrecortada
do namoro com a priminha.
O português são dois; o outro, mistério.(Carlos Drummond de Andrade. Esquecer para lembrar. Rio de Janeiro: José Olympio, 1979.)
*Esquipáticas: incomuns, esquisitas.
No poema, a referência à variedade padrão da língua está expressa no seguinte trecho:
Correto
O poeta faz uma crítica ao ensino de língua portuguesa e mostra que, muitas vezes, a variação linguística ensinada na escola é distante daquilo que efetivamente é a sua realização na língua do povo. Daí, o autor dizer que o professor (usado aqui como símbolo da gramática normativa) seria o único capaz de “desmatar a ignorância”.
Incorreto
O poeta faz uma crítica ao ensino de língua portuguesa e mostra que, muitas vezes, a variação linguística ensinada na escola é distante daquilo que efetivamente é a sua realização na língua do povo. Daí, o autor dizer que o professor (usado aqui como símbolo da gramática normativa) seria o único capaz de “desmatar a ignorância”.
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Pergunta 9 de 17
9. Pergunta
10 pontos(ENEM 2005) As dimensões continentais do Brasil são objeto de reflexões expressas em diferentes linguagens. Esse tema aparece no seguinte poema:
“(….)
Que importa que uns falem mole descansado
Que os cariocas arranhem os erres na garganta
Que os capixabas e paroaras escancarem as vogais?
Que tem se o quinhentos réis meridional
Vira cinco tostões do Rio pro Norte?
Junto formamos este assombro de misérias e grandezas,
Brasil, nome de vegetal! (….)”
(Mário de Andrade. Poesias completas. 6. ed. São Paulo: Martins Editora, 1980.)
O texto poético ora reproduzido trata das diferenças brasileiras no âmbitoCorreto
A banca privilegiou dois aspectos ao elaborar a questão: a prosódia (popularmente chamada de “sotaque”) e as características econômicas dos locais sitados no poema.
Incorreto
A banca privilegiou dois aspectos ao elaborar a questão: a prosódia (popularmente chamada de “sotaque”) e as características econômicas dos locais sitados no poema.
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Pergunta 10 de 17
10. Pergunta
10 pontos(ENEM 2009)
Cuitelinho
Cheguei na bera do porto
Onde as onda se espaia.
As garça dá meia volta,
Senta na bera da praia.
E o cuitelinho não gosta
Que o botão da rosa caia.
Quando eu vim da minha terra,
Despedi da parentaia.
Eu entrei em Mato Grosso,
Dei em terras paraguaia.
Lá tinha revolução,
Enfrentei fortes bataia.
A tua saudade corta
Como o aço de navaia.
O coração fica aflito,
Bate uma e outra faia.
E os oio se enche d´água
Que até a vista se atrapaia.(Folclore recolhido por Paulo Vanzolini e Antônio Xandó. BORTONI-RICARDO, S. M. Educação em língua materna. São Paulo: Parábola, 2004.)
Transmitida por gerações, a canção Cuitelinho manifesta aspectos culturais de um povo, nos quais se inclui sua forma de falar, além de registrar um momento histórico. Depreende-se disso que a importância em preservar a produção cultural de uma nação consiste no fato de que produções como a canção Cuitelinho evidenciam a
Correto
Incorreto
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Pergunta 11 de 17
11. Pergunta
10 pontos(ENEM 2014)
Óia eu aqui de novo xaxando
Óia eu aqui de novo pra xaxarVou mostrar pr’esses cabras
Que eu ainda dou no couro
Isso é um desaforo
Que eu não posso levar
Que eu aqui de novo cantando
Que eu aqui de novo xaxando
Óia eu aqui de novo mostrando
Como se deve xaxar.Vem cá morena linda
Vestida de chita
Você é a mais bonita
Desse meu lugar
Vai, chama Maria, chama Luzia
Vai, chama Zabé, chama Raque
Diz que tou aqui com alegria.(BARROS, A. Óia eu aqui de novo. Disponível em <www.luizluagonzaga.mus.br > Acesso em 5 mai 2013)
A letra da canção de Antônio Barros manifesta aspectos do repertório linguístico e cultural do Brasil. O verso que singulariza uma forma do falar popular regional é
Correto
Todo o texto é construído a partir de uma determinada variedade linguística, representada por expressões típicas da linguagem oral, como podemos observar em “óia” (olha), “Diz que tou” (Diga que estou). O candidato deve, no entanto, atentar para o fato de a questão privilegiar a identificação de vocabulário regional e não apenas variações fonéticas; é o que se identifica no verso “Vou mostrar pr’esses cabras”, em que “cabras” – típico do falar de algumas localidades do Nordeste – substitui “homens” ou “pessoas”.
Incorreto
Todo o texto é construído a partir de uma determinada variedade linguística, representada por expressões típicas da linguagem oral, como podemos observar em “óia” (olha), “Diz que tou” (Diga que estou). O candidato deve, no entanto, atentar para o fato de a questão privilegiar a identificação de vocabulário regional e não apenas variações fonéticas; é o que se identifica no verso “Vou mostrar pr’esses cabras”, em que “cabras” – típico do falar de algumas localidades do Nordeste – substitui “homens” ou “pessoas”.
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Pergunta 12 de 17
12. Pergunta
10 pontos(ENEM 2014)
Só há uma saída para a escola se ela quiser ser mais bem-sucedida: aceitar a mudança da língua como um fato. Isso deve significar que a escola deve aceitar qualquer forma de língua em suas atividades escritas? Não deve mais corrigir? Não!
Há outra dimensão a ser considerada: de fato, no mundo real da escrita, não existe apenas um português correto, que valeria para todas as ocasiões: o estilo dos contratos não é o mesmo dos manuais de instrução; o dos juízes do Supremo não é o mesmo dos cordelistas; o dos editoriais dos jornais não é o mesmo dos dos cadernos de cultura dos mesmos jornais. Ou do de seus colunistas.
(POSSENTI, S. Gramática na cabeça. Língua Portuguesa, ano 5, n. 67, maio 2011 – adaptado).
Sírio Possenti defende a tese de que não existe um único “português correto”. Assim sendo, o domínio da língua portuguesa implica, entre outras coisas, saber
Correto
Esse assunto costuma ser abordado pelos programas do primeiro ano do Ensino Médio. A banca exige que o candidato reflita sobre os conceitos de erro e acerto sob o ponto de vista da Sociolinguística e o candidato deve lembrar-se do que aprendeu acerca de adequação linguística.
Incorreto
Esse assunto costuma ser abordado pelos programas do primeiro ano do Ensino Médio. A banca exige que o candidato reflita sobre os conceitos de erro e acerto sob o ponto de vista da Sociolinguística e o candidato deve lembrar-se do que aprendeu acerca de adequação linguística.
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Pergunta 13 de 17
13. Pergunta
10 pontos(ENEM 2014)
Em bom português
No Brasil, as palavras envelhecem e caem como folhas secas. Não é somente pela gíria que a gente é apanhada (aliás, não se usa mais a primeira pessoa, tanto do singular como do plural: tudo é “a gente”). A própria linguagem corrente vai-se renovando e a cada dia uma parte do léxico cai em desuso.
Minha amiga Lila, que vive descobrindo essas coisas, chamou minha atenção para os que falam assim:
– Assisti a uma fita de cinema com um artista que representa muito bem.
Os que acharam natural essa frase, cuidado! Não saber dizer que viram um filme que trabalha muito bem. E irão ao banho de mar em vez de ir à praia, vestido de roupa de banho em vez de biquíni, carregando guarda-sol em vez de barraca. Comprarão um automóvel em vez de comprar um carro, pegarão um defluxo em vez de um resfriado, vão andar no passeio em vez de passear na calçada. Viajarão de trem de ferro e apresentarão sua esposa ou sua senhora em vez de apresentar sua mulher.
(SABINO, F. Folha de S. Paulo, 13 abr. 1984)
A língua varia no tempo, no espaço e em diferentes classes socioculturais. O texto exemplifica essa característica da língua, evidenciando que
Correto
Apesar do que informa a alternativa dada como correta pelo INEP (organizador do Exame), o texto não apresenta um confronto explícito entre gerações. O candidato deve inferir tal situação a partir da informação dada na primeira frase do texto: “No Brasil, as palavras envelhecem e caem como folhas secas”. A elaboração das alternativas mostra ao estudante que o conteúdo cobrado são as variações diatópicas, diastráticas e diafásicas.
Diatópicas (variações geográficas) são as diferenças observadas na comparação entre regiões e dizem respeito tanto em relação ao significado das palavras quanto à sintaxe.
Diastráticas são as diferenças observadas nos grupos sociais e estão relacionadas à faixa etária, profissão, nível de escolaridade, estrato social.
Incorreto
Apesar do que informa a alternativa dada como correta pelo INEP (organizador do Exame), o texto não apresenta um confronto explícito entre gerações. O candidato deve inferir tal situação a partir da informação dada na primeira frase do texto: “No Brasil, as palavras envelhecem e caem como folhas secas”. A elaboração das alternativas mostra ao estudante que o conteúdo cobrado são as variações diatópicas, diastráticas e diafásicas.
Diatópicas (variações geográficas) são as diferenças observadas na comparação entre regiões e dizem respeito tanto em relação ao significado das palavras quanto à sintaxe.
Diastráticas são as diferenças observadas nos grupos sociais e estão relacionadas à faixa etária, profissão, nível de escolaridade, estrato social.
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Pergunta 14 de 17
14. Pergunta
1 pontos(ENEM 2016)
De domingo
— Outrossim?
— O quê?
— O que o quê?
— O que você disse.
— Outrossim?
—É.
— O que que tem?
—Nada. Só achei engraçado.
— Não vejo a graça.
— Você vai concordar que não é uma palavra de todos os dias.
— Ah, não é.Aliás, eu só uso domingo.
— Se bem que parece uma palavra de segunda-feira.
— Não. Palavra de segunda-feira é óbice.
— “Ônus.
— “Ônus” também. “Desiderato”. “Resquício”.
— “Resquício” é de domingo.
— Não, não. Segunda. No máximo terça.
— Mas “outrossim”, francamente…
— Qual o problema?
— Retira o “outrossim”.
— Não retiro. É uma ótima palavra. Aliás, é uma palavra difícil de usar. Não é qualquer um que usa “outrossim”.(VERÍSSIMO. L.F. Comédias da vida privada. Porto Alegre: LP&M, 1996).
No texto, há uma discussão sobre o uso de algumas palavras da língua portuguesa. Esse uso promove o (a)
Correto
O tom humorístico do texto utilizado na questão é construído a partir do conceito de uma das variações linguísticas: a situacional. Ela corresponde às diferentes formas que o falante escolhe para se comunicar, dependendo da situação de comunicação. É a situação que determina, por exemplo, o vocabulário a ser empregado: com quem estamos falando? Em que evento estamos? Em que lugar?
Incorreto
O tom humorístico do texto utilizado na questão é construído a partir do conceito de uma das variações linguísticas: a situacional. Ela corresponde às diferentes formas que o falante escolhe para se comunicar, dependendo da situação de comunicação. É a situação que determina, por exemplo, o vocabulário a ser empregado: com quem estamos falando? Em que evento estamos? Em que lugar?
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Pergunta 15 de 17
15. Pergunta
1 pontos(ENEM 2016)
Texto I
Entrevistadora — Eu vou conversar aqui com a professora A.D. … O português então não é uma língua difícil?
Professora — Olha se você parte do princípio… que a língua portuguesa não é só regras gramaticais… não se você se apaixona pela língua que você… já domina… que você já fala ao chegar na escola se teu professor cativa você a ler obras da literatura… obra da/ dos meios de comunicação… se você tem acesso a revistas… é… a livros didáticos… a… livros de literatura o mais formal o e/ o difícil é porque a escola transforma como eu já disse as aulas de língua portuguesa em análises gramaticais.
Texto II
Professora — Não, se você parte do princípio que língua portuguesa não é só regras gramaticais. Ao chegar à escola, o aluno já domina e fala a língua. Se o professor motivá-lo a ler obras literárias e se tem acesso a revistas, a livros didáticos, você se apaixona pela língua. O que torna difícil é que a escola transforma as aulas de língua portuguesa em análises gramaticais.
(MARCUSCHI, L. A. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. São Paulo: Cortez, 2001)
O texto I é a transcrição de entrevista concedida por uma professora de português a um programa de rádio. O texto II é a adaptação dessa entrevista para a modalidade escrita. Em comum, esses textos
Correto
A questão trata da variação sociocultural, referente às diferenças linguísticas decorrentes das características sociais e culturais de cada falante: idade, profissão, sexo, grau de instrução grupo social, nível econômico. É importante observar a expressão “português culto urbano”, utilizado na alternativa indicada como correta pelo gabarito oficial do INEP: o conceito é utilizado em Sociolinguística para designar o uso linguístico do indivíduo com grau de escolaridade superior completa, nascido e criado em zona urbana. Como já explicamos em outro texto, o conceito da Linguística não está relacionado às noções de culto e inculto disseminadas por aí com base no senso comum!
Incorreto
A questão trata da variação sociocultural, referente às diferenças linguísticas decorrentes das características sociais e culturais de cada falante: idade, profissão, sexo, grau de instrução grupo social, nível econômico. É importante observar a expressão “português culto urbano”, utilizado na alternativa indicada como correta pelo gabarito oficial do INEP: o conceito é utilizado em Sociolinguística para designar o uso linguístico do indivíduo com grau de escolaridade superior completa, nascido e criado em zona urbana. Como já explicamos em outro texto, o conceito da Linguística não está relacionado às noções de culto e inculto disseminadas por aí com base no senso comum!
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Pergunta 16 de 17
16. Pergunta
10 pontosMandinga — Era a denominação que, no período das grandes navegações, os portugueses davam à costa ocidental da África. A palavra se tornou sinônimo de feitiçaria porque os exploradores lusitanos consideram bruxos os africanos que ali habitavam — é que eles davam indicações sobre a existência de ouro na região. Em idioma nativo, manding designava terra de feiticeiros. A palavra acabou virando sinônimo de feitiço, sortilégio.
(COTRIM, M. O pulo do gato 3. São Paulo: Geração Editorial, 2009. Fragmento)
No texto, evidencia-se que a construção do significado da palavra mandinga resulta de um (a)
Correto
A questão aborda a variação histórica da língua portuguesa. Toda língua natural modifica-se com o tempo: mudam o modo de falar, a maneira de estruturar as frases, o vocabulário e, muitas vezes, o significado das palavras.
Incorreto
A questão aborda a variação histórica da língua portuguesa. Toda língua natural modifica-se com o tempo: mudam o modo de falar, a maneira de estruturar as frases, o vocabulário e, muitas vezes, o significado das palavras.
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Pergunta 17 de 17
17. Pergunta
10 pontosPINHÃO sai ao mesmo tempo que BENONA entra.
BENONA: Eurico, Eudoro Vicente está lá fora e quer falar com você.
EURICÃO: Benona, minha irmã, eu sei que ele está lá fora, mas não quero falar com ele.
BENONA: Mas, Eurico, nós lhe devemos certas atenções.
EURICÃO: Passadas para você, mas o prejuízo foi meu. Esperava que Eudoro, com todo aquele dinheiro, se tornasse meu cunhado. Era uma boca a menos e um patrimônio a mais. E o peste me traiu. Agora, parece que ouviu dizer que eu tenho um tesouro. E vem louco atrás dele, sedento, atacado da verdadeira hidrofobia. Vive farejando ouro, como um cachorro da molest’a, como um urubu, atrás do sangue dos outros. Mas ele está enganado. Santo Antônio há de proteger minha pobreza e minha devoção.
(SUASSUNA, A. O santo e a porca. Rio de Janeiro: José Olimpyio, 2013)
Nesse texto teatral, o emprego das expressões “o peste” e “cachorro da molest’a” contribui para
Correto
Nessa questão, aborda-se a variação geográfica. Ela corresponde às diferenças observadas na comparação entre o uso linguístico em diversas regiões do país ou quando comparamos os usos dos diferentes países de língua portuguesa.
Incorreto
Nessa questão, aborda-se a variação geográfica. Ela corresponde às diferenças observadas na comparação entre o uso linguístico em diversas regiões do país ou quando comparamos os usos dos diferentes países de língua portuguesa.