O que você acha da homofobia? Qual é a sua opinião a respeito da redução da maioridade penal? Estas são apenas algumas das perguntas a que estamos sujeitos ao longo do dia e nós as respondemos com base nas nossas opiniões, fundamentadas por um ou mais argumentos. Na escrita, o gênero textual que cumpre essa função é o artigo de opinião.
Esse gênero textual – de caráter argumentativo e persuasivo – pode ser publicado em jornais, revistas, sites e pode ser assinado ou não por um jornalista profissional. Geralmente, é motivado por uma questão polêmica de interesse coletivo. O articulista – aquele que escreve o artigo – pode ser convidado a publicar seu texto em um veículo de ideologia diferente da sua; por essa razão, os artigos são sempre finalizados com a assinatura do autor, seguida de um breve currículo.
Como elaborar o seu artigo?
Não podemos esquecer de que o artigo – assim como qualquer outro texto – deve apresentar introdução, desenvolvimento e conclusão. Na introdução, deve-se apresentar claramente a polêmica que originou o artigo; no desenvolvimento, o articulista expõe sua opinião e argumenta a seu favor; na conclusão, propõe-se a solução para o problema debatido ao longo do texto. Para saber como organizar cada um desses elementos, leia o nosso texto Como organizar o texto dissertativo-argumentativo.
Sugestão para os professores:
1. Converse com os alunos sobre os diversos gêneros textuais que podem aparecer em um jornal: editorial, notícia, artigo de opinião. Apresente um texto de cada e peça que identifiquem as principais diferenças entre eles.
2. Mostre aos alunos um exemplo de artigo científico e um artigo de opinião. Faça-os observar a estrutura de um e de outro.
3. Se o grupo for de alunos do Ensino Médio, conduza-os a perceber que a estrutura do artigo de opinião é semelhante àquela solicitada por exames como o ENEM. Aprofunde a discussão sobre as características do texto dissertativo-argumentativo.
4. Disponibilize uma notícia publicada em jornal e peça aos alunos para opinarem a respeito. Em seguida, solicite a produção de um artigo de opinião.
BAIXE NOSSO MODELO DE ARTIGO
Nosso modelo de artigo foi baseado na notícia a respeito de um jovem agredido após estudantes da mesma escola descobrirem que o rapaz era filho adotivo de um casal homossexual. A imprensa divulgou o caso em março de 2015.
O modelo de artigo foi gentilmente cedido por minha aluna Bianca Selleri e a publicação foi autorizada formalmente por seus pais. Para ler o arquivo e baixar, CLIQUE AQUI (Será aberta uma página do Orangedox)*
Agradeço imensamente à Bianca e aos seus pais por autorizarem a publicação!
*Link atualizado em 31/12/2019.
Professor,
O arquivo do artigo não está mais disponível no link informado, poderia o senhor, por gentileza, repostar e atualizar o endereço?
Outra coisa, ao iniciar a leitura de vosso claríssimo texto, percebi o uso de um pronome demonstrativo, peculiar, acredito, pois contrasta com um antigo aprendizado que detenho, vou expor o trecho e grifá-lo:
“O que você acha da homofobia? Qual é a sua opinião a respeito da redução da maioridade penal? ‘ESTAS’ são apenas algumas das perguntas a que estamos […]”
No que tange meu conhecimento, enquanto discente, o pronome “esta” serve, dentre outras funções, para referir-se ao que virá a ser dito(exposto) no discurso, e, nesse sentido, o pronome “essa” referir-se-á ao que foi dito. No caso acima, questionei-me sobre sua escolha de registro, ela tem procedência, ou foi um equívoco humano?
Aproveitando o engancho, gostaria de tirar uma dúvida arrebatadora que nutro desde o segundo ano e nunca fui de fato esclarecido, ela é relativa a colocação pronominal, em um dos casos de ênclise obrigatória quando há a ocorrência de um verbo no infinitivo impessoal, vou exemplificar para que a visualização esclareça a situação:
– Não quero intrometer-me na discussão.
Vemos aqui uma oração que me perpetua o ódio da dúvida, pois se trata do encontro de uma palavra atrativa (“não”, advérbio de negação) e um verbo no infinitivo impessoal (que é o caso do verbo “intrometer”, visto que não está conjugado em nenhuma pessoa do discurso). A regra a qual me referi lá em cima diz que devo priorizar sempre o verbo no infinitivo impessoal, entretanto já me deparei com inúmeros livros e autores renomados dando ênfase na regra das palavras atrativas (e, nesse caso, colocando o pronome em próclise: “Não quero me intrometer…”).
Quando questionei as minhas professoras, elas racionalizaram minha indagação definindo-a como plausível e coerente, no entanto não souberam (ou conseguiram) explicar-me a razão da escolha de registro desses livros e autores.
O senhor poderia ajudar-me a desvendar esse mistério?
Steven, sugiro a leitura de outros dois textos do blog; são textos curtos e objetivos.
http://conversadeportugues.com.br/2014/02/como-usar-os-pronomes-demonstrativos/
http://conversadeportugues.com.br/2012/10/demonstrativos/
Quanto ao arquivo, você pode realizar o download por meio do seguinte link:http://bit.ly/artigodeopiniaoblog