Como são usados os porquês? Muita gente tem essa dúvida e nós preparamos um material especial para o leitor. Leia abaixo quais são os usos ou assista ao vídeo no final do texto.
Observe os exemplos:
Por que você faltou à aula?
Não sei por que você faltou à aula.
Você faltou à aula, por quê?
Quero saber o porquê de você ter faltado à aula.
POR QUE
1. Preposição + um pronome interrogativo. Esta construção deve ser usada nas interrogativas diretas e indiretas: “Por que você faltou à aula?” e “Não sei por que faltou à aula”; nestes casos, subentende-se “por que motivo”.
2. Preposição + pronome relativo. Neste caso, pode ser substituído pelas expressões o/a qual ou os/as quais, ou estas serem subtendidas: “Não sei o motivo por que você faltou à aula.” , “Não sei o motivo pelo qual você faltou à aula”; “Perdemos o ônibus. Eis o motivo por que (ou pelo qual) faltamos à aula”.
POR QUÊ
É o mesmo por que do item anterior; no entanto, é usado em fim de frase ou antes de ponto-e-vírgula: “Você faltou à aula, por quê?”.
PORQUE
O vocábulo porque pode pertencer a três classes gramaticais diferentes e, por isso, ter seu uso determinado por cada uma delas.
1. Conjunção explicativa. Quando precedida de pausa, (que na escrita, é representada por vírgula, ponto-e-vírgula ou ponto-final), equivale a pois, porquanto, uma vez que: “Deve ter chovido, porque o pátio está molhado”.
2. Conjunção causal (introduz a causa do que já foi dito): A menina chorou porque queria a boneca.
3. Conjunção final. Introduz a finalidade, o objetivo do que foi dito anteriormente e pode ser substituída pela expressão “para que”: “Vigiai e orai, porque não entreis em tentação”; “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação” .
PORQUÊ
Este é um substantivo, que equivale a “causa, razão ou motivo, pergunta, indagação”. Pode ser usado no plural (os porquês), como qualquer substantivo e recebe acento por ser um oxítono terminado em -e: “Não sei o porquê de ter faltado à aula”.
Nós, brasileiros, sempre encontramos dificuldade quanto ao uso desses vocábulos. Nota interessante sobre este assunto pode ser encontrada no Grande Manual de Ortografia Globo, do respeitadíssimo professor Celso Pedro Luft: “Em Portugal, não se distingue por que de porque. Há apenas a segunda grafia”.
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