A FIRJAN – Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro – está promovendo a segunda edição do seminário Conecta: tecnologias educacionais. Eu e as professoras Denise Vilardo e Jenny Horta estivemos presentes ao evento como representantes do grupo Blogs Educativos. A mensagem, enviada por um representante da assessoria de comunicação da FIRJAN, chamava-nos a participar do evento como “blogueiros que tratam sobre a educação e tecnologia”. Por que inserir tecnologias na sala de aula? Quais são os recursos tecnológicos mais adequados ao ambiente escolar? Aprender pode ser divertido ou aprendizado e diversão são incompatíveis? Como adequar a formação do professor à educação 2.0? Essas foram algumas perguntas feitas aos participantes ao logo do dia.
A programação do primeiro dia começou com o debate Educação e desenvolvimento de que participaram Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, presidente do Sistema FIRJAN, e os jornalistas André Lahoz, diretor de redação da Revista Exame; Merval Pereira, colunista de O Globo e comentarista da Rádio CBN e Globo News; Cristiana Lobo, da Globo News, e Gilberto Dimenstein, jornalista de educação da Folha de São Paulo e comentarista da Rádio CBN. O mediador foi Augusto Franco, diretor geral do Sistema. Os debatedores comentaram tópicos como evasão escolar, inserção das tecnologias da informação e comunicação na sala de aula, má qualidade da rede de internet oferecida no Brasil e a motivação do professor para novos paradigmas educacionais.
Chamou-me atenção, principalmente, o posicionamento de Dimenstein quando se declarou incrédulo sobre a possibilidade de o aprendizado ser divertido para o aluno. Segundo o jornalista, “aprender é um processo de esforço” que não pode ser confundido com entretenimento ou diversão. Eu, que admiro profundamente o trabalho do jornalista, não concordo com a sua declaração. Acredito, sim, que o processo de aprendizagem não precisa ser martirizante para o aluno – embora essa expressão não tenha sido usada pelo debatedor. Minha opinião foi reforçada após conversar com alguns alunos do Sistema. Um dos meninos que atuavam como monitores do um stand sobre educação matemática disse-me aprender muito mais com os programas educacionais. Quando perguntei o que achava das aulas tradicionais, a resposta foi curta: “Eu entendo bem, mas essa é mais legal!”. “Você acha que estudar assim é divertido?” – foi a segunda pergunta. Recebi outra resposta rápida, já que o menino estava concentradíssimo no programa: “Lógico!”
À tarde, aconteceram palestras – proferidas por educadores convidados – e oficinas dadas pelos professores do Sistema SESI/SENAI. Eu escolhi a palestra Formação de professores: a incorporação e o uso das tecnologias nas aulas, proferida por Priscila Monteiro, coordenadora pedagógica da Fundação Victor Civita. A professora lembrou que fala-se muito em tecnologias, como se fossem usadas na educação apenas depois do aparecimento dos computadores, mas lembrou os recursos tecnológicos que fazem parte da educação do século 18 ao 21: o quadro de giz, o mimeógrafo, o retroprojetor e os tablets. Em seguida, abordou a utilização dos ambientes virtuais de aprendizagem – AVA – como instrumento para a formação do professor. Por último, apresentou um vídeo em que alunos de uma escola municipal do Rio de Janeiro contam como realizam suas atividades escolares com computadores. Os estudantes falaram, entre outras coisas, sobre a criação de blogs e segurança na internet.
Nossa última atividade foi um passeio pela exposição sobre a evolução da educação no Brasil, cujos monitores eram professores do SESI / SENAI. O primeiro professor com quem eu , Jenny e Denise conversamos foi Celso Cunha, que nos falou sobre o período que compreende a educação jesuítica até a instauração das aulas régias. Em seguida, o professor Ivano conversou conosco sobre a educação brasileira durante a Era Vargas. Os outros espaços da exposição são dedicados à apresentação de projetos desenvolvidos e aplicados por professores do Sistema. Eu e Denise Vilardo conversamos com professores que desenvolveram simuladores em 3D, programas para livros interativos e conhecemos a maquete do Museu da Matemática, que está sendo construído na Barra da Tijuca.
O Evento Conecta 2012 continuará amanhã, dia 22 de novembro, no Centro de Convenções SulAmérica, avenida Paulo de Frontin 1, Rio de Janeiro.
A Educação com a ajuda da tecnologia é uma ótima ideia, Mas antes porém é necessário que haja capacitações dos professores e até mesmo com os alunos sobre o uso da tecnologia no aprendizado, falo isso, pois na minha escola todos os alunos tinham tabletes e neles haviam programas educacionais muito bons por sinal, mas era um problema com os alunos, a maioria deles usavam os tabletes para acessar redes sociais na hora da aula, outra coisa, em trabalhos de pesquisas, os livros eram deixados de lado e todos iam no Google e já encontrava respostas. Facilitando muito o trabalho, mas o aprendizado em si não era a mesma, comparada a pegar um livro e ir em busca de respostas.
É uma ótima ideia tecnologia na edução, mas o Brasil não está preparado pra isso!