Joaquim Maria Machado de Assis nasceu no Rio de Janeiro a 21 de junho de 1839. Era filho de Francisco José de Assis e Maria Leopoldina Machado de Assis. Em 1855, Machado publicou seu primeiro poema com a ajuda de Paula Brito, também escritor e dono do Jornal Marmota Fluminense. Na casa do Largo do Rocio, atual Praça Tiradentes (Rio de Janeiro), reuniam-se os escritores Joaquim Manoel de Macedo (autor de A Moreninha), Manuel Antônio de Almeida (autor de Memórias de um Sargento de Milícias) e outros autores influentes. Foi naquela casa que Machadinho travou amizade com os principais escritores de sua época.
Em 20 de julho de 1897, Machado de Assis fundou, com outros escritores, a Academia Brasileira de Letras e passou a ocupar a cadeira 23, hoje ocupada por Luiz Paulo Horta. A ABL não foi a primeira academia literária fundada no Brasil. Antes da chegada da Família Imperial, os grupos literários reuniam-se apenas em cidades importantes como Salvador; esses grêmios eram formados por religiosos, militares, escritores, seguindo o exemplo do que já acontecia em Portugal. Na Bahia, surgiram a Academia Brasílica dos Esquecidos (1724-25) e a Brasília dos Renascidos (1759); no Rio de Janeiro, surgiram a Academia dos Felizes (1740) e a Academia dos Seletos (1752), esta última publicou apenas uma série de panfletos em honra do General Gomes Freire de Andrada.
Lúcio de Mendonça foi o primeiro a pensar na fundação da Academia Brasileira de Letras, o que aconteceu em uma sala da antiga Revista Brasileira, então propriedade de José Veríssimo. Em 4 de janeiro de 1897, Machado foi eleito presidente da casa.
O Jornal O Século anunciou, em 29 de setembro de 1908, a morte do escritor Machado de Assis com o seguinte texto:
O desaparecimento do mestre é um tanto mais irreparável quanto elle cae de uma altura literária à qual ninguém entre nós attingiu antes delle. É bem difícil que outrem, com o mesmo brilho excepcional, com o fulgor e a incomparável superioridade do Pontífice Máximo que elle foi no Templo da Literatura Nacional, receba e conserve a herança que elle acumulou durante meio século menos para elle do que para o Brasil, uma glória innacessível que é o orgulho da nossa Pátria…
(Jornal O Século. 29 de setembro de 1908. Trecho transcrito de acordo com a ortografia da época)
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Atualizado em 21/06/2014
Parabéns, Professora Andréa.
Os artigos do CP estão cada vez mais acessíveis a todos e ótimos como sempre.
Felicidades.
Lau Stefanelli
Obrigada, Lau. Fico feliz por tê-lo aqui como leitor e como colaborador em um dos textos. Um abraço!