Em Tarsila Cronista, Aracy Amaral organizou os textos publicados pela artista Tarsila Amaral em jornais como o Diário de São Paulo. Há, ainda, fotos da pintora em momentos lúdicos com seus colegas artistas e enquanto pintava alguns de seus quadros. Os textos foram organizados em ordem cronológica de 1936 a 1956; neles, Tarsila escreveu o que pensava sobre arte, política, consumo, cinema, literatura.
A leitura dos textos de Tarsila induzem a um belíssimo planejamento de aula sobre o movimento modernista, já que a pintora publicara algumas crônicas sobre a Semana. Interessantíssimo seria apresentar aos alunos, como motivação, Paranóia ou Mistificação, escrito por Monteiro Lobato, sobre a exposição de Anita Malfati, um texto que provocou a ira dos adeptos dos movimentos de vanguarda. A leitura comparada seria um ótimo estímulo para introduzir a temática modernista em uma aula de literatura.
Também sobre Tarsila do Amaral foi organizada uma exposição no Palácio da Boa Vista, em Campos do Jordão (SP). Eu estive lá em 7 de novembro de 2009 e pude ver de perto objetos pessoais da artista, como seu baú de viagem, as correspondências, esboços dos quadros, óculos, bengala e algumas de suas valiosas telas, entre elas a minha favorita: Operários.
A exposição faz parte de uma grande mostra que contém ainda uma sala dedicada ao escritor Monteiro Lobato e está sendo chamada de Lobato e os modernistas. Há duas exposições no palácio: Tarsila em família e Campos do Lobato, ambas abertas até 30 de janeiro.
AMARAL, Aracy. Tarsila Cronista. São Paulo: EdUsp, 2001. 248 p.
Este texto foi originalmente publicado por mim, no blog Leio o Mundo Assim, em 29 de novembro de 2007. Decidi atualizá-lo e publicar novamente devido à proximidade do fim da exposição Tarsila em família, em Campos do Jordão (SP).
Que os bons ventos soprem a favor da educação neste ano de 2010.
Gostei muito desse espaço, bastante relevante.
FOI DESSE JEITO QUE EU OUVI DIZER… aproveita a visita para desejar um bom final de semana.
Saudações Florestais !