Língua Portuguesa

Todo mundo ou todo o mundo: a dúvida do leitor

Recebi, através do  formulário de contato do blog, a  seguinte   mensagem de  um leitor:
Se todo mundo escreve “todo mundo”, por que nos livros do Machado de Assis ele escreve “todo o mundo”?

O    leitor  não nos enviou o trecho da obra de Machado de Assis em que  tal frase foi encontrada _ o que nos proporcionaria uma resposta contextualizada. Deste modo, apontarei alguns dos usos destas  expressões.
 Todo é   um pronome indefinido que, no  singular,  pode    vir ou não seguida de artigo, com  os  significados  de inteiro, total, cada, qualquer. A presença  ou ausência do artigo depende de que   o  substantivo  exija ou  rejeite a  antecipação de o, a,os , as.
Atualmente, a   expressão todo o é  mais frequentemente  usada  para  expressar a  ideia de totalidade, inteireza,  ênfase ( neste último, principalmente  com os termos que denotam sentimento: de   todo   o coração, com todo gosto, com todo o amor, com todo o carinho, etc).
Exemplo: Toda  a   família  estava no   recinto ( = a  família  inteira).
                Toda   família   tem problemas. ( = todas  as  famílias).
                Luís  comeu  todo  o  bolo ( = o bolo inteiro).
                Luís comeu  de todo bolo que lhe ofereceram. ( =  provou de  cada    bolo).
A  propósito da  construção  enviada  pelo  leitor,  encontramos a  seguinte   explicação  na Moderna   Gramática Portuguesa, do professor   Evanildo  Bechara:

Usam-se, modernamente,  o artigo numerosas  expressões em que entra a palavra  todo: todo  o gêneroo  o  mundo, toda a  parte em toda a  parte,  por  toda  a  parte, em todo  o caso, a  toda  a  hora,  a todo o momento, a todo  o  transe,a   todo o  custo.

No plural,  no entanto,  todo   não  dispensa  artigo ( exceto se  acompanhando de um termo  que   dispense o uso do  artigo).
Ex.:  Todas as  famílias importantes estão presentes.
         Todas  estas pessoas são nossas convidadas.

2 Comments

  1. Que tal fazer uma revisão do texto antes de publicar a resposta? Está quase incompreensível…

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Andréa Motta

Professora de Língua Portuguesa , Literatura e Formação do Leitor Literário no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro.

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